A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E CONTRA A CRIANÇA SUSSURRA SEM VOZ, PERDIDA ENTRE O DESESPERO E A ANGÚSTIA.
Estes criminosos tem advogados para sua defesa. E vão fazer de tudo para se defender da punição. Para continuar matando, estuprando e destruindo vidas. São marginais que precisam ser excluídos da sociedade.
Precisamos de leis mais severas em todo o mundo. O mundo precisa mudar. As culturas islâmicas, as culturas patriarcais, todas as regras religiosas que subjulgam a figura feminina. mulheres do mundo todo precisam se unir, precisam sair do ponto de conforto e enxergar a realidade delas. Estamos a muito tempo em guerra, sem o direito de expressão e de defesa. E maioria das pessoas ficam alienadas com seus ipods, seus tablets e suas redes sciais na comodidade de suas casas ou com seus cartões de créditos numa tarde num shopping. Essa alienação só contribui para que a violência continue. vamos falar disto! Com as amigas, nos estabelecimentos comerciais, nas entidades religiosas, nas intituições de esino, em qualquer lugar. Vamos fazer a nossa parte elaborando palestras, reuniões, trocando informações. Vamos pensar nas gerações, nossas filhas, nossas netas e todas as mulheres e crianças desconhecidas que merecem respeito e vida dígna.
Fonte:DW por uol
Caso de estupro coletivo expõe falhas da Justiça da Índia
Para especialistas, sistema judiciário indiano é sobrecarregado e têm lacunas que impedem a condenação de criminosos. E as mulheres são as principais vítimas dessa situação.
São números preocupantes: de acordo com um parecer divulgado em 2006, o Supremo Tribunal da Índia, na capital Nova Déli, precisaria de 466 anos para julgar todos os processos que estão amontoados na instituição. Ainda em 2010, o então presidente do Supremo, K. G. Balakrishnan, calculou o número de casos e chegou a inacreditáveis 27 milhões. Como se não bastasse, há uma escassez de juízes no país para cuidar de todos os processos.
Para a advogada e ativista Shweta Bharti, de Nova Déli, o problema não está no sistema jurídico indiano, que ela considera avançado, nem na legislação, que ela vê como abrangente. "O problema é a implementação. Pode demorar anos para que a justiça seja feita. E há, ainda, muitas lacunas na legislação." Essas lacunas permitiriam que acusados de cometer grandes crimes não sejam punidos ou, até mesmo, respondam pelos atos recebendo uma punição menor. De forma frequente a polícia se vê com as mãos atadas, diz Bharti.
Kamini Jaiswal, advogada do Supremo Tribunal da Índia, vai além e diz que não existe investigação independente no país. "Há mais de sete anos a suprema corte promulgou uma sentença pela qual as forças policiais na Índia deveriam ser totalmente independentes. Mas os políticos não querem que a polícia trabalhe de forma independente. Se as investigações são obstruídas, como podemos esperar que criminosos sejam condenados?", questionou.
De acordo com a Associação pelas Reformas Democráticas, uma organização não governamental de Nova Déli, cerca de um quarto dos políticos do Parlamento indiano têm processos pendentes: em parte por causa de homicídio, sequestro ou roubo.
Organização da Justiça
O Supremo Tribunal da Índia tem 27 milhões de processos acumulados para serem julgados
O sistema judiciário indiano é muito influenciado pelo direito anglo-saxão. De acordo com a Constituição de 1950, no ponto mais alto do poder judiciário está o Supremo Tribunal da Índia. A principal tarefa de 26 juízes, nomeados pelo presidente, é resolver principalmente disputas entre os estados, como também entre os estados e o governo federal. As sentenças do Supremo Tribunal são obrigatórias para todas as cortes indianas.
No próximo nível estão as chamadas "altas cortes", que são os Supremos Tribunais dos Estados. Além disso, no nível dos distritos há tribunais civis e penais. Existem também conselhos nas vilas, chamados de Panchayats, que tomam decisões relacionadas a disputas menores.
Somente as regras do direito da família e do casamento são, em alguns casos, influenciadas pela religião. Por exemplo, para os muçulmanos – que constituem cerca de 16% da população –, há uma lei própria para o casamento.
Mulheres como vítimas
A ativista Bharti diz que principalmente as mulheres são desfavorecidas pelo sistema judicial da Índia. Por possuírem um status inferior dentro da sociedade, elas são frequentemente mandadas para casa pela polícia quando apresentam queixa por causa de violência. Se forem pobres e de baixa instrução, a situação é ainda pior, principalmente no interior do país. Diante da arbitrariedade da polícia – em parte corrupta – e do temor de exclusão social, muitas vítimas de abusos sexuais decidem ficar caladas, afirma Bharti.
Apenas 20% de todos os casos resultam em sentença na Índia. "Quanto a estupros, por exemplo, em muitos locais são as mulheres que precisa apresentar provas do crime. Como elas podem fazer isso? Muitas vezes não há provas suficientes. E se o acusados somem e a polícia não puder confrontá-los, as investigações não dão em nada", diz Bharti.
"Quando se trata de violência doméstica, então as mulheres preferem ficar caladas, pois elas não querem comprometer a sua família e têm medo de represálias", comenta. Muitas vezes elas nem mesmo têm noção dos seus direitos.
O fato de mulheres serem desfavorecidas pelo sistema policial e judicial indiano é um problema generalizado, diz a advogada Jaiswal. "As forças policiais e juízes não possuem sensibilidade para questões de gênero. O sistema de valores vigente não coloca as mulheres em pé de igualdade com os homens. As pessoas nem mesmo estão acostumadas a ver as mulheres deixarem suas casa."

Diversos protestos tomaram conta da Índia após a morte da estudante
Esforço em prol de reformas
O governo indiano espalhou 1.700 tribunais de procedimento rápido em 2004 por toda a Índia para reduzir o grande número de processos acumulados. Mas, em 2011, depois de uma série de falhas em processos terem sido apontadas, o governo retirou seu apoio a essas cortes. O caso da jovem estudante estuprada em um ônibus está em curso num desses tribunais, em Nova Déli.
De acordo com o governo, o processo deverá estar concluído em cem dias. Somente o inquérito contra os cinco acusados – o sexto é menor de idade – tem 1.000 páginas. A família da vítima exige que os criminosos recebam a pena de morte. Na Índia, isso só é possível em casos especialmente graves. "A justiça é mais importante que a velocidade nesse processo", acentuou o presidente do Supremo Tribunal da Índia, Altamas Kabir.
O governo indiano criou duas comissões de inquérito: uma para esclarecer possíveis falhas nas investigações desse caso, e outra para formular sugestões de como reduzir a violência contra as mulheres e de como reformar a polícia e a Justiça. Um objetivo ambicioso. Mas o governo está sob pressão, já que em 2014 é ano de eleições na Índia.
Autora: Priya Esselborn (fc)
Revisão: Alexandre Schossler
07/01/2013 06h57 - Atualizado em 07/01/2013 07h16
Policiais são suspensos após novo caso de estupro coletivo na Índia
Suspensão vem no dia da primeira audiência de acusados por estupro em ônibus, crime que abalou a Índia.
Da BBC
Estupro coletivo gerou protestos em toda a Índia (Foto: AFP)
Quatro policiais foram suspensos e um quinto foi transferido em conexão com os desdobramentos de um novo caso de estupro e assassinato ocorrido perto da capital da
Índia, Nova Déli.
O pai da suposta vítima de 21 anos disse à BBC que ela teria sofrido um estupro coletivo. Seu corpo foi encontrado no sábado.
Dois homens suspeitos de envolvimento com o crime foram presos e um terceiro teria fugido.
O novo episódio vem à tona no mesmo dia em que cinco homens compareceram a um tribunal da capital indiana, acusados de sequestro, estupro coletivo e assassinato de uma jovem de 23 anos no mês passado,
em um caso que chocou a Índia e despertou uma série de protestos por todo o país.
A vítima do episódio mais recente era uma empregada de uma fábrica em Noida, um subúrbio de
Nova Déli.
De acordo com a mídia indiana, ela foi dada como desaparecida na sexta-feira, por não ter regressado para casa após o trabalho.
O pai da menina afirmou que a polícia inicialmente não demonstrou qualquer reação ao ser informada de sua desaparição, sugerindo que ela talvez tivesse fugido com alguém. O episódio gerou protestos em Noida.
Processo acelerado.
No sábado, foram identificados os cinco acusados do crime que causou comoção na Índia - o estupro coletivo e assassinato de uma jovem de 23 anos dentro de um ônibus.
Os promotores dizem ter amplas provas contra os suspeitos, que poderão ser condenados à pena de morte se considerados culpados.
Os cinco acusados são Ram Singh, seu irmão Mukesh, Pawan Gupta, Vinay Sharma e Akshay Thakur.
Um sexto acusado, um adolescente de 17 anos, será julgado em um tribunal juvenil.
O processo foi acelerado, para que os acusados pudessem ser julgados semanas após o crime, em vez de meses, como seria o procedimento tradicional.
No dia 16 de novembro, a vítima, uma estudante, foi estuprada por cerca de uma hora, espancada com barras de ferro e lançada para fora nua do ônibus em movimento, juntamente com um amigo.
Ela morreu dias depois em um hospital, em consequência de seus ferimentos.
O incidente segue gerando protestos na Índia. No domingo, ativistas foram novamente às ruas em Nova Déli, reivindicando leis mais duras contra estupro e reformas por parte da polícia.
Muitos ativistas afirmam que a polícia constantemente deixa de indiciar acusados de crimes sexuais.
Texto de protesto que está rodando na internet:
A violência é a grata arma dos ignorantes...
Dos que não sabem compartilhar ou perceber a beleza de um outro ser enquanto humano...
E enquanto as mulheres não se compreenderem como pessoas independente de seu gênero e os homens compreenderem que as mulheres não são seus brinquedos, mas que podem ser companheiras pessoas com quem afetivamente podem estar lado a lado na construção da vida, assistiremos nossas avós, mães, filhas, amigas, cidadãs destituídas do direito de somente existir.
Todas nós que somos agredidas por palavras, por atos e por uma violência legitimada pela mais profunda ignorância...
A que conhecimento devem se ater os homens para conhecerem as mulheres.... Além de só utilizarem seus corpos seja para servi-los ou para violentar?!
Quando acontecerá dos homens educarem seus filhos a serem livres sexualmente...
Livres da competição, livre da necessidade de domínio, livre da submissão machista de não usarem o sexo para agredir e sim para se encontrar...
quando será que um homem cidadão do mundo olhará para uma mulher sem que seja para servi-lo...
O que será que faz com que os homens não enxerguem ao longo de tantos anos em sua história enquanto ser humano alguém que lhe é diferente sem temê-lo?
Gostaria que Freud estivesse vivo para perguntar o que temem os homens quanto às mulheres?
O que temem tanto? Encantar-se com a pessoa ao invés de iludir e agredir seu corpo?
Gostaria que os homens se perguntassem como um homem deduz que uma mulher deseja ser violenta sexualmente?
Que mulheres são suas mães e suas filhas?
Acredito que mais do que enviar este texto para um grande número de mulheres, deva enviar a um grande número de homens para que reflitam em como eles homens educam seus filhos, como cada um já agrediu verbalmente ou fisicamente uma pessoa pelo simples fato de ser do outro gênero,o feminino.
E resaltar que cada vez que um marido agrediu a mãe está ensinando a filha como ela deve ser agredida.
https://secure.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?acidPab